Histórias de cronópios e de famas, Julio Cortázar.

Fazia tempo que eu não sabia amar tão bem um escritor. Sem querer, achei um livro dele, que fazia um monte de referências a cronópios, famas e esperanças. E como uma surpresa, esse livro me fez cair de amores.
Quem nunca foi cronópio, ou fama, ou esperança uma vez na vida? Quiçá, todos os dias. E se você for como eu, já vai correr para um dicionário, a fim de descobrir bem logo quem raios são esses. pois não perca tempo, eles não estão dicionarizados. E, quando estão, tem nada que entender, com os tais do livro.

Julio Cortázar fez uma das coisas mais lindas de se ler nesse livro, uma delicadeza, uma sutilidade. São contos breves - alguns não chegam a ter meia página - e intensos. De criar sorrisos nas caras e pensar bem: ah, eu já fiz isso.
São contos de pensar, de rir, de desejar - e, confesso - alguns de não entender, pelo menos nessa minha cabecinha.

Recomendo Cortázar pra quem perdeu as próprias palavras, ou nem nunca tinham tido um relacionamento estreito. Os mistérios e levezas fazem as idéias pularem, ferverem, são jorros criativos. (eu, particularmente, acho que todo ser vivente deve lê-lo uma vez, que seja. Ou duas, os três, porque o livro ainda tem aquele mistério de se transmutar a cada leitura.)



A juíza sem juízo do reino do IêIêIê adverte: esse livro pode causar arroubos, fugas e gargalhadas descomedidas em locais públicos e privados.