
No primeiro momento, o infanto-juvenil encanta pela beleza. Muito ilustrado, os  desenhos feitos pelo autor, em carvão, são muito expressivos, e, em alguns  momentos, conta partes da história, quando as palavras são supérfluas.
O  enredo poderia ser um pastelão: menino órfão e pobre que trabalha para o tio  beberrão numa estação de trem inglesa, vive sujo de fuligem e pó... Qualquer  semelhança com um certo Oliver Twist? Mas ao invés de uma trama boba, mera cópia  do clássico, o  livro envolve o leitor, que não consegue se desprender das  páginas cinzentas. 
Hugo rouba brinquedos para entender seu mecanismo, e dia  após dia se torna mais entendendor das engrenagens, no quarto escuro em que  morava com o tio numa estação de trem londrina. Até que um dia é pego pelo velho  ranzinza da loja de brinquedos, e tem seu caderno secreto apanhado. A neta do  dono da loja promete ajudá-lo a recuperar seu tesouro, desde que ele partilhe  seus segredos... e é aí que a história se faz como uma malha, de fios de  histórias entrelaçados, encantadores e surpreendentes.
O livro é só um  estopim, para muitas outras artes que a história permite, e instiga. O dito  infanto-juvenil é para qualquer idade, para quem se permite sonhar, e  acreditar.
SELZNICK, Brian. A invenção de Hugo Cabret. São Paulo: SM,  2007.
 
hum...achei tao massa a ideia desse blog. Fiquei com vontade de ler todos os livros aqui comentados. Tb pudera...tao bem comentados e de forma tao interessante. =D
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